Patrick Wilson e Vera Farmiga
estão de volta como Ed e Lorraine Warren para mais uma adaptação
cinematográfica de um dos seus mais famosos casos sobrenaturais: “Demônio
Assassino”, onde os dois investigadores de eventos sobrenaturais buscam
defender um homem de um assassinato perante um júri, alegando que o mesmo
estava por posse demoníaca no momento do crime. Após buscarem provas e
evidências, se dão conta de que não se tratava apenas disso, e sim de algo
maior, em que terão que correr atrás para salvar a vida de mais pessoas
envolvidas e até a de si próprios.
Indo agora para uma análise mais
a fundo, após assistirmos, notamos uma diferença dos dois primeiros filmes da franquia,
tal fato se deve à mudança de diretor, uma vez que James Wan dirigiu os dois
primeiros longas de Invocação do Mal, além de dirigir outros sucessos do terror
como Sobrenatural (2010) e Sobrenatural 2 (2013), que também contam com a
parceria de Patrick Wilson. Com a mudança de direção, nos é apresentada a visão
de um novo diretor, o que já causa uma grande mudança no filme, mas não
necessariamente ruim. Michael Chaves é quem assume o cargo de diretor nesse
novo longa.
O interessante dessa nova
sequência é a de que pela primeira vez nos é apresentado um antagonista humano
na saga, não sendo mais o espírito, demônio ou entidade sobrenatural o vilão
principal do longa. Além disso, também é o primeiro filme da saga em que
realmente ocorrem mortes, e devido a isso tentaram aproveitar de forma falha
tais assassinatos como se fossem de maior seriedade, perigo e tensão comparado
aos dois casos dos primeiros filmes, que sinceramente, na minha opinião, não
funcionou. Continuo achando o primeiro filme o melhor da saga, e também o
melhor dirigido, onde James Wan juntava transições fantásticas com o decorrer
dos fatos, aumentando assim ainda mais a tensão e o medo, nos assustando de novo
até quando revemos o filme.
Acredito que quem gosta de filme
de terror, assim como eu, gosta da sensação de adrenalina no corpo, de levar
sustos e ter a sensação do medo, nos dois primeiros filmes isso é muito bem
desenvolvido e executado, mas, nesse terceiro, diferente de James Wan, Michael
Chaves não trabalha bem com a tensão aumentada ao ritmo da narrativa e dos eventos
ocorridos, acaba deixando a desejar, em que eu, particularmente não senti em
momento algum a sensação de medo e se levei um susto foi muito,
Apesar desse ponto negativo,
sempre é bom ver os carismáticos Patrick Wilson e Vera Farmiga nos papéis de Ed
e Lorraine Warren, além de conhecer um pouco melhor de suas vidas e seus tão
famosos casos, nesse aspecto, a sequência nos mostra cenas de flashback da
juventude do casal e de como se conheceram, se foi exatamente desse jeito na
vida real, não sei, mas gostei de ver nas telonas o início da jornada do
ilustre casal investigador.
Outro ponto positivo, que notei logo nos primeiros minutos, foi o uso de referências a outros grandes sucessos do terror, como o clássico O Exorcista (1973) de William Friedkin, onde podemos enxergar a similaridade entre um quadro de Invocação do Mal 3 e a famosa cena de O Exorcista, tais referências só deixam o filme mais rico e interessante para quem nota essas alusões.
Concluindo de forma geral,
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio, não está ao nível dos dois primeiros,
mas, isso não é o suficiente para o chamar de ruim, é bom, dá para se entreter,
mas nada além disso.
Informações sobre o filme:
Gênero: terror/suspense
Classificação Indicativa: +14
Duração: 1h53min
Nota no IMDb: 6.7/10
Minha nota: 3,5/5★
Trailer do filme:
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