Antes de tudo, precisamos voltar um pouco na história para
que possamos entender o que é o Snydercut e a sua importância. Em 2017, quando o
filme da Liga da Justiça estava ainda em produção, Zack Snyder, o diretor do
filme e mente por trás da maioria dos projetos do Universo Cinematográfico da DC,
sofreu uma grande perda, sua filha, Atumn Snyder havia se suicidado. Zack,
desolado, decidiu colocar todos os seus projetos de lado em seu momento de
luto, e o então filme da Liga da Justiça acabou sendo passado para as mãos de
Joss Whedon (diretor do primeiro Vingadores), que mudou completamente a forma
que Snyder tinha dado ao filme, as consequências disso, vimos tanto no massacre
dos críticos e na decepcionante bilheteria.
Com o desapontamento dos fãs com o material que foi entregado por Joss Whedon, surgiu na internet a hashtag “release the Snydercut”, em tradução livre: “Solte o corte Snyder”, um apelo dos milhões de fãs ao redor do mundo que foi cada vez mais ganhando proporção e visibilidade. Três anos depois, em 2020, o Snydercut foi finalmente confirmado pelo estúdio da Warner Bros, com a estimativa de lançamento para o ano de 2021.
Zack Snyder agradecendo o apoio dos fãs brasileiros em entrevista ao portal Omelete
Dia 18 de março de 2021, dia que marca o lançamento do Snydercut nas plataformas digitais aqui no Brasil.
Fazendo agora uma análise da obra, nos deparamos com um filme de 4 horas de duração, sim, eu sei, provavelmente muitos de vocês vão reclamar do tempo e ficar com preguiça, eu até entendo, mas pense o seguinte, Vingadores: Ultimato possui 3 horas de duração e é de tirar o fôlego, não seria bom darmos uma chance a esse também? Fora que o filme é dividido em 6 capítulos, podendo serem vistos como pequenos episódios de uma minissérie, então, dá sim para assistir tudo com calma e com pausas, mas se você for igual a mim, do tipo que não aguenta a ansiedade e assiste tudo de uma vez, você pode usar os intervalos de um capítulo para o outro para dar aquela ida ao banheiro e reabastecer o balde de pipoca.
Com maior tempo de tela, a versão Snyder nos permite uma melhor apresentação e abordagem dos seus personagens, principalmente Ciborgue e Flash, que não foram muito bem aproveitados na versão de 2017, nessa de agora, em contrapartida, foram muito bem explorados. Snyder nos mostra as barreiras emocionais que seus personagens vivem, principalmente a do luto (acredito que fazendo referência até a sua própria história de vida), essa exploração sentimental nos permite enxergar os heróis como seres humanos, que têm sim problemas como qualquer pessoa comum, não ficando isentas apenas por possuírem poderes ou terem muito dinheiro.
Algo que acho interessante no Snyder é como ele passa essa visão de heróis humanistas e também o endeusamento dos mesmos. Percebemos isso em algumas cenas quando alguém precisa de ajuda e estende a mão para o céu, como se tentasse alcançar algo ou alguém, e lá está o nosso herói, com um enquadramento de câmera vista de baixo para cima, nos passa a imagem de algo grandioso, realmente um deus, vimos muito disso em cenas do Superman, Aquaman, Mulher Maravilha e Batman principalmente.
Zack nos mostra em seu filme um filtro mais escuro, deixando o filme mais sério e até tenso, fugindo da fórmula criada pela Marvel, que faz filmes de heróis com tons mais claros e com piadinhas, visando mais o público infantil. Outro fato que considero interessante, é como Snyder consegue mesclar a cultura pop com o que podemos chamar de “cult”, deixando o filme visualmente muito bonito de se ver. Os detalhes, os simbolismos e os diálogos de peso também são pontos a se destacar, principalmente o diálogo entre Batman e Coringa, cheio de referências e de grande peso. Observamos também em uma frase do Superman: “ Eu tenho uma segunda chance, eu não vou desperdiça-la” seria essa uma referência de Snyder em relação ao Snydercut? Não sei vocês, mas acredito que sim.
Com efeitos especiais muito bem feitos, principalmente nas cenas de corrida do Flash, onde nos mostra até os mínimos detalhes, o filme nos entrega um bom CGI, que está bem melhor do que o de 2017, sem aquela coisa horrorosa no rosto do Superman para tampar o bigode. Lobo da Estepe, o vilão do filme, também é outro personagem que teve uma grande evolução de 2017 para cá, tanto visualmente quanto em roteiro, na versão de Snyder é mostrado um motivo convincente para as suas ações ( provar seu valor e se redimir com o seu “lorde”, Darkseid, o grande vilão da DC, conhecido também como o “Thanos da DC”).
Zack Snyder nos entrega a Liga da Justiça que esperávamos, um filme épico e glorioso, recheado de referências e momentos de êxtase, principalmente no terceiro ato. O Snydercut não representa apenas a redenção de uma história antes, fracassada, mas também representa uma vitória para todos fãs e mostra a força que um movimento tem, e, acima de tudo, o recomeço de Snyder após o período mais difícil de sua vida, dedicando no final, o filme a sua falecida filha, “For Atumn”, passando uma mensagem forte sobre luto, aceitação e recomeço.
Outdoor que aparece durante o filme com a mensagem "Você não está sozinho"
Enfim, tá esperando o quê para ir dar uma conferida no filme??
Na última semana estreou o novo longa de comédia dramática da famosa vilã da Disney, Cruella, e já pode se dizer que é o melhor live action já feito pelo grande estúdio. O filme conta a história de Estella, uma garota criativa, inteligente e ambiciosa, que acaba sofrendo uma tragédia em sua infância e precisa começar a se virar sozinha daqui para a frente. Anos se passam e Estella cresce, agora é uma mulher que anseia ocupar um lugar de reconhecimento na moda, chamando a atenção da Baronesa, uma famosa estilista e design de moda. Com a aproximação das duas, segredos são descobertos e Estella começa a mostrar sua verdadeira natureza, seu lado rebelde e vingativo, começando a chamar a si mesma de Cruella. Emma Stone (Estella/Cruella) e Emma Thompson (Baronesa) foram com certeza um “acerto na mosca” na escolha do elenco, as duas desempenharam tão bem seus papéis (o que não é novidade, já que ambas já faturaram o Oscar de Melhor Atriz) que não tenho recei...
Maior vencedor do Globo de Ouro 2017, o musical retrata um romance entre um pianista e uma atriz na eletrizante cidade de Los Angeles. A performance de Ryan Gosling e Emma Stone é notável, tendo inclusive rendendo o Oscar de melhor atriz à Emma. Al ém do Oscar de melhor atriz, La La Land também faturou os Oscars de melhor diretor, melhor direção de arte, melhor trilha sonora original e melhor fotografia, que são pontos fortes do filme. Eu particularmente não sou muito chegado a musicais, mas o enredo, a trilha sonora e a fotografia me fizeram amar esse. Um aviso: não é um romance do tipo "clichê". Sinopse : "O pianista Sebastian conhece a atriz Mia, e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva Los Angeles, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo, enquanto perseguem fama e sucesso." Informações sobre o filme : Gênero: musical/romance Classificação: L (livre) Duração: 2h...
É um filme norte-americano de aventura que se passa no ano de 1820, onde o navio baleeiro Essex zarpa da Ilha Nantucket (Massachusetts), em busca de óleo de baleia. O navio é liderado pelo inexperiente Capitão George Pollard, que tem como primeiro imediato Owen Chase, que sonha em ser capitão e limpar o nome da família, mas, para isso, tem uma meta a ser cumprida, posta pelo seu empregador para realizar tal sonho. Ao longo do filme vemos a tensão aumentando pela disputa de poder da tripulação entre o capitão e o primeiro imediato. O filme é inspirado na tragédia marítima da vida real, que serviu de inspiração para o clássico universal escrito por Herman Melville: Moby Dick , publicado em 1851. A superprodução dirigida pelo ganhador do Oscar, Ron Howard ( O Código Da Vinci , Anjos e Demônios , Inferno , Apollo 13, Rush: no limite da emoção) conta com um elenco de peso, entre os principais estão: Chris Hemsworth ( Thor ), como O...
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